ABSTRACT
Introdução: A hipertensão arterial está relacionada a altos custos para as áreas da saúde e previdência, devido às complicações decorrentes de sua evolução crônica. Faz-se, portanto, necessário o seu controle, por meio da adesão ao tratamento farmacológico e não farmacológico. Objetivo: Analisar a adesão de funcionários da saúde, de serviço público hospitalar ao tratamento anti-hipertensivo medicamentoso e suas possíveis relações. Método: Pesquisa observacional, transversal e descritiva de abordagem quantitativa composta por 57 trabalhadores que se auto-referiram hipertensos. Foram avaliadas características do perfil socioeconômico e laboral dos profissionais e sua adesão ao tratamento anti-hipertensivo. Os resultados foram analisados por meio de estudo de frequência absoluta e relativa e a associação entre as variáveis por meio do teste do Qui-quadrado e Teste Exato de Fisher. Resultados: identificaram-se características do perfil dos participantes que contribuíram para a adesão ao tratamento anti-hipertensivo e outros aspectos que limitavam a adesão terapêutica e demandavam intervenções, como: ampliação das ações de educação em saúde para todos os funcionários, possibilidades de seguimento daqueles já diagnosticados e rastreamento dos demais, com fortalecimento do vínculo e da comunicação entre o profissional de saúde e o funcionário, assim como ações voltadas a atividades físicas e qualidade de vida. No cuidado individual salientou-se o uso de pílula única e medidas para evitar o esquecimento das tomadas da medicação. Conclusões: O estudo foi capaz de caracterizar os funcionários e sua adesão ao tratamento anti-hipertensivo, fatores facilitadores e dificultadores, e de sinalizar estratégias institucionais de intervenção para melhoria da adesão e qualidade de vida (AU).
Introduction: The arterial hypertension is related to high costs to the health and social security systems, due to complications of its chronic evolution. Therefore, its control is necessary through pharmacological and non-pharmacological treatment adherence. Objective: To analyze the health worker's adherence to anti hypertensive treatment in a public hospital and its possible relations. Method: observational, cross-sectional, descriptive with quantitative approach research, consisting of 57 workers who self-report as hypertensive. Characteristics of the socioeconomic and work profile of professionals and their adherence to anti hypertensive treatment were evaluated. The results were analyzed by the study of absolute and relative frequency and the association between the variables using the Chi-square test and Fisher's exact test. Results: characteristics of the participants' profile that contributed to adherence to anti-hypertensive treatment and other aspects that limited therapeutic adherence and demanded interventions were identified, such as: expansion of health education actions for all employees, possibilities of following up those already diagnosed and tracking others, strengthening the bond and communication between the health professional and the employee, as well as actions aimed at physical activities and quality of life. In individual care, the use of a single pill and measures to avoid forgetting of medication taken were highlighted. Conclusion: the study was able to characterize the employees and their adherence to anti-hypertensive treatment, facilitating and hindering factors, and to point out institutional intervention strategies to improve adherence and quality of life (AU).